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Bahiana lança Centro de Medicina Baseada em Evidências, em prol do rigor científico

13 de agosto de 2018

Um importante mecanismo para garantir que as condutas médicas estejam respaldadas em estudos científicos foi inaugurado no último dia 09 (quinta-feira), pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública. Trata-se do Centro de Medicina Baseada em Evidências, que terá diálogo institucional com outros centros do Brasil e do mundo, com o objetivo de fortalecer a ideia de que as evidências científicas devem estar presentes no dia a dia dos profissionais de saúde, gestores e também de toda a população.

Para o vice-presidente do Cremeb, Cons. Júlio Braga, que representou o Conselho no evento, a proposta vem a colaborar para uma melhor assistência à saúde. “Ajudará os médicos e demais profissionais da saúde a não só utilizar em suas práticas as melhores evidências disponíveis, mas também mensurar e lidar com as incertezas de nossas decisões”, pontua o vice-presidente.

O Conselho Federal de Medicina, por exemplo, tem se posicionado em consonância de iniciativas desse gênero, quando se manifesta sobre práticas que ganham projeção, mas que não possuem estudos comprobatórios que garantam sua eficiência ou que tragam riscos aos pacientes ou à sociedade.

A iniciativa é capitaneada pelo professor do curso de Medicina da instituição, Luis Cláudio Correia que começou a ministrar a disciplina Raciocínio Clínico Baseado em Evidências, há dez anos. Para o professor, o principal objetivo é melhorar a qualidade da pesquisa científica dos cursos de medicina e de saúde em geral.

“A gente tem que fazer com que a sociedade em geral, entenda o que é uma decisão baseada em ciência, para que uma decisão compartilhada seja tomada entre médico e paciente”, afirmou em entrevista para o portal ISaúde Bahia.

A programação do evento contou ainda com as aulas “Medicina Baseada em Evidências: fato ou ficção científica”, “O escândalo da pesquisa médica e o legado de Douglas Altman”, “Alfabetização científica da sociedade contemporânea, um desafia”; e debates “Conhecimento modifica comportamento?”, e “Evidence: precisamos de mais uma revista médica”.