Fiscalização

Fiscalização do Cremeb confirma problemas de infraestrutura na maternidade Tsylla Balbino


Após receber relatos de problemas na infraestrutura da Maternidade Tsylla Balbino, o Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb) realizou uma fiscalização na unidade na última sexta-feira (13.01). A falta de circulação de ar, com algumas salas funcionando sem ventiladores, ar-condicionado ou até mesmo sem janelas para ventilação natural, foi o principal problema atestado pelo médico fiscal.

No dia da vistoria, dos 13 ambientes que compõem a enfermaria da maternidade, que é gerida pela Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), 8 estavam sem climatização. Segundo o médico coordenador do serviço de anestesiologia, Dr. Marcelo Pinto, a administração técnica da unidade informou que recebeu 11 novos ar-condicionados no dia anterior a visita do Cremeb.

De acordo com os funcionários da administração técnica, o contrato com a empresa que realiza a manutenção dos aparelhos de ar-condicionados venceu há três meses. No entanto, a instalação será realizada pela própria Sesab. A diretora geral da Tsylla Balbino, a enfermeira Rita Calfa, prevê que os novos equipamentos sejam instalados nas enfermarias nas próximas semanas.

Uma puérpera que estava internada na enfermaria da maternidade há dois dias, que preferiu não se identificar, relatou que o calor está insuportável. “O atendimento é bom, mas a climatização deixa muito a desejar”, relatou a sua acompanhante, Jucicleide dos Santos, enquanto se abanava com um papel improvisado para amenizar o calor.

Além da falta de ventilação, que gera transtornos aos pacientes e a equipe de profissionais que atuam na maternidade, o prédio, que já possui mais de 60 anos, apresenta infiltrações e mofo em grande parte dos ambientes, principalmente, na enfermaria. Dr. Marcelo informou que recentemente foi concluída uma reforma na área do pré-parto e da recepção e outra no circuito elétrico da unidade.

Uma obstetra que estava de plantão na hora da vistoria relatou que há déficit de profissionais nas escalas médicas. De acordo com a profissional, que preferiu não se identificar, já teve escala de final de semana com apenas dois plantonistas, quando, segundo ela, o adequado seriam cinco. Tal situação gera uma sobrecarga para os profissionais e, obviamente, prejudica o atendimento.