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Médico baiano, Renê Pereira entra para história ao ser medalhista paralímpico em Tóquio

31 de agosto de 2021

O primeiro brasileiro medalhista individual masculino do remo na história dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos é o médico baiano Renê Campos Pereira, de 41 anos. O atleta conquistou o terceiro melhor tempo na final do skiff simples PR1M1 e garantiu mais uma medalha de bronze para o comitê brasileiro. Nascido em Itapetinga, no Sudoeste do estado, Renê é o primeiro baiano a subir no pódio da Paralimpíadas 2020 – realizada em 2021 por conta da pandemia de Covid-19.

A sua primeira participação na maior competição esportiva mundial foi no Rio de Janeiro, em 2016, última edição dos jogos. Apesar do sexto lugar e sem conquista de medalha no Brasil, o médico atleta manteve o foco e se sente recompensado com a atual conquista. “Estou muito feliz com a prova de hoje. É uma sensação indescritível. Me sinto merecedor por todos os esforços que empenhei em prol dessa medalha. Foi difícil, passei períodos difíceis, mas sabia que com luta e dedicação era possível”, disse em vídeo gravado para o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).

Renê Pereira perdeu o movimento das pernas quando ainda cursava Medicina na Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, instituição onde se formou médico em 2004, após diagnosticado com um abscesso no canal medular que comprometeu as células neurológicas. “O fato de ser médico me ajudou e me atrapalhou muito também. Por mais que eu tivesse feito faculdade, eu sequer imaginava o que era estar na pele do paciente” disse ao Jornal Correio em matéria publicada em 2016.

Dentre as principais dificuldades enfrentadas pelo atleta, houve a infecção por Covid-19 em outubro, em meio a preparação para os jogos paralímpicos. Outro entrave foi a suspensão dos treinos no Parque de Pituaçu, em Salvador, por conta da pandemia, o que lhe fez afastar-se da esposa e dos dois filhos para que pudesse manter a rotina de treinos em uma lagoa do Litoral Norte baiano.

 

Foto: Miriam Jeske / CPB

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