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UTI do Ernesto Simões ganha nome em homenagem a Dr. Rafael Cruz, vítima de Covid-19

18 de novembro de 2021

O Hospital Geral Ernesto Simões Filho, batizou, no dia 29 de outubro, uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) com o nome do médico baiano Rafael Costa Cruz, que faleceu em julho do ano passado, aos 59 anos, vítima de Covid-19. Natural de Salvador e formado em Medicina pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, em 1992, ele era especialista em clínica médica e atuou na unidade de saúde, que fica localizada no Pau Miúdo, por duas décadas, passando por diversos setores, como emergência, UTI semi-intensiva e sala vermelha.

A diretora geral do Ernesto Simões, Dra. Cristiana França, explica que a proposta surgiu como forma de valorizar o trabalho de colaboradores que já faleceram, mas se dedicaram à instituição por um tempo significativo. Segundo ela, outros profissionais também deram nome a outras áreas do hospital e os batismos ocorreram em outubro porque é o mês que a unidade faz aniversário e é também o mês do servidor público, ambos comemorados em 28.10. Sobre Dr. Rafael, ela diz: “Definir Rafael é falar de competência. Ele era estudioso, prestativo… uma pessoa que nunca dizia não. Além de médico, ele era amigo. Tinha uma relação de carinho com os seus pacientes”.

“Essa é uma homenagem mais do que justa, pois Rafael era um colega ímpar. Acredito que poucos médicos têm a postura dele, um ser humano extremamente ético e, acima de tudo, muito humano. Um símbolo do que é ser um médico na essência, com o compromisso de salvar os doentes. Fico feliz em saber que a Diretoria do Ernesto Simões teve essa iniciativa, que serve, inclusive, como incentivo para toda a classe médica”, completa Dr. Luiz Roberto Conrado, que era amigo de Dr. Rafael e já trabalhou com ele no Ernesto Simões.

O presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb), conselheiro Otávio Marambaia, afirma que a homenagem é uma forma de reconhecer o trabalho dos médicos, que, independentemente de pandemia, diariamente arriscam suas vidas em benefício da saúde dos seus pacientes. “Considero muito nobre essa atitude, pois, assim como Dr, Rafael, quantos médicos e demais profissionais de saúde tiveram a sua vida ceifada por ter optado cuidar de pessoas acometidas por essa doença com tanta coisa ainda por saber”, declara ele.

De acordo com o conselheiro José Abelardo de Meneses, que também atua no Ernesto Simões, Dr. Rafael Cruz foi batizado pelos colegas como um ser humano diferenciado. “Homem simples e humilde, Dr. Rafael foi destas trincheiras de empatia e solidariedade. No Hospital, ele foi um ícone, perseguido pelos estudantes e residentes pelos corredores. Na cabeceira do leito do paciente, se mostrava um verdadeiro mestre na arte da aplicação da propedêutica, da ausculta, da percussão, da palpação e do diagnóstico”, destaca ele.

 

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